Fim da greve: bancos retomam trabalho na próxima segunda-feira
Decisão saiu em assembleia nesta sexta, na sede do Sindaban; Banco do Nordeste, porém, segue de portas fechadas
Os bancários em Alagoas aceitaram a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e encerraram a greve da categoria que durou 23 dias. A decisão foi tomada no começo da noite desta sexta-feira (11) em assembléia, realizada na sede do Sindicato dos Bancários de Alagoas, no Centro. Mais de 150 agências foram fechadas durante a paralisação e os trabalhos voltam normalmente na próxima segunda-feira (14).
Dos Bancos, porém, apenas o do Nordeste não retoma às atividades na próxima segunda-feira (14) porque os funcionários, segundo o presidente do Sindaban, Jairo França, não rejeitaram a proposta da Fenaban, mas preferiram voltar a discutir alguns pontos "que não ficaram claros" para a categoria e serão rediscutidos no começo da semana.
"Mas a tendência é que sigam o que aprovou a assembleia desta sexta-feira. Os funcionários do Banco do Nordeste precisam só entender e deixar alguns pontos, que para eles se mostraram com dúvidas", disse Jairo França, que ainda comentou os ganhos da categoria.
"Economicamente nem tanto, embora tenhamos avançado nessa paralisação. Mas pontos como os bancos deixarem de enviar torpedos, por exemplo, para os funcionários, fora da hora do expediente, é uma conquista enorme. A pressão já é grande no dia a dia dos bancários e, ainda mais, quando eles não podem ficar em casa, em momento de lazer, sem sossego, recebendo torpedo de gerentes para bater metas", comemorou Jairo França.
O sindicalista também afirmou que, entre os pontos acertadas entre a Fenaban e os bancários, está a obrigação destes de fazer uma hora a mais por dia até 15 de dezembro para compensar os 23 dias de paralisação.
"Isso passa a valer assim que o acordo coletivo for assinado", disse Jairo França.
Proposta
A proposta apresentada pela Fenaban elevou para 8%, com aumento real de 1,82%, o índice de reajuste salarial. Além disso, subiu para 8,5% sobre o piso salarial (ganho real de 2,29%) e 10% sobre o valor fixo da regra básica e sobre o teto da parcela adicional da Participação dos Lucros e Resultados (PLR). Outra conquista da categoria foi a elevação de 2% para 2,2% no lucro líquido para a categoria.
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