Fusão entre Oi e Portugal Telecom deve beneficiar acionistas
Ações das duas empresas dispararam nas bolsas de São Paulo e Lisboa após a notícia de que a nova holding do grupo elevará sua governança corporativa
02/10/2013
As ações ordinárias (ON) da Oi disparavam 12,09% às 14h13 de hoje, valendo R$ 4,73, enquanto as preferenciais (PN) subiam 11,19%, cotadas a R$ 4,97, liderando os ganhos do índice Ibovespa – um sinal de recuperação diante das perdas de 40% no acumulado do ano.
“A injeção de recursos é positiva para o mercado porque dará mais liquidez aos papéis da Oi, que será beneficiada por uma melhor estrutura de capital”, analisa o estrategista da Futura Investimentos, Adriano Moreno. A operação, segundo ele, pode ajudar a desalavancar a empresa – que acumula dívida líquida de R$ 30 bilhões – e aumenta a possibilidade de ela passar a pagar dividendos aos investidores.
Para o Itaú BBA, a fusão deve representar um marco na história de investimentos da Oi. Em relatório divulgado nesta terça-feira, o banco afirmou que, apesar de a participação dos acionistas minoritários ficar diluída com o aumento de capital, a expectativa é de que a operação proporcione um maior alinhamento entre minoritários e controladores e permita uma melhoria operacional.
Os acionistas minoritários também terão direito à subscrição, observa a analista-chefe da corretora Concórdia, Karina Freitas. “Resta saber se irão oferecer algum bônus ou desconto a eles para tornar a operação de aumento de capital mais atrativa”.
Ações da Portugal Telecom
Já os papéis da Portugal Telecom na bolsa de Lisboa subiam 6,96% às 16h30 do horário local. Para analistas de corretoras portuguesas, o otimismo que levou as ações da PT a disparar até 20% no início do pregão decorrem principalmente das sinergias que o negócio vai permitir.
A estimativa avançada é de ganhos de R$ 5,4 bilhões, o equivalente a 56% da capitalização em bolsa da Portugal Telecom. "Esse otimismo está relacionado com as sinergias que atingem 22% do valor da PT em ações [considerando que os acionistas deterão 38% da nova empresa]", diz Pedro Lino, presidente executivo da corretora portuguesa Dif Broker. O analista da Fincor, Albino Oliveira também sinaliza a sinergia como o principal atrativo para o desempenho positivo na bolsa portuguesa.
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