Mesmo após protesto, prefeitura mantém plano de combate à dengue
Ação emergencial terá execução imediata e é a causa da ocupação da Secretaria de Finanças pelos agentes de endemias
Mesmo após o protesto de centenas de agentes de endemias realizado nesta terça-feira (23), a prefeitura de Maceió garantiu que o plano emergencial de combate à dengue será mantido e deve ter execução imediata após reunião com o Ministério Público (MP) no próximo dia 29.
O plano, considerado “abusivo, ilegítimo e arbitrário” pelos agentes, levou a categoria a invadir o prédio da Secretaria de Finanças nesta terça-feira. Eles afirmam que só deixam o local, após reunião com o prefeito Rui Palmeira.
Na manhã desta quarta-feira, os agentes chegaram a invadir a sede da Secretaria Municipal de Finanças, exigindo melhores condições de trabalho. O prédio foi desocupado por volta das 14h30. No entanto, os manifestantes afirmaram que voltam a ocupar a secretaria amanhã às 8 horas.
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Os agentes afirmam que faltam de condições de trabalho e vem denunciando há meses a ausência de materiais e equipamentos de Proteção Individual (EPI). O Plano Integrado para Intensificação das Atividades de Vigilância Epidemiológica e Controle do Vetor da Dengue foi apresentado ao MP semana passada.
A prefeitura afirma que o plano será “definitivamente aprovado e assinado por todos os envolvidos, possibilitando sua execução imediata, após a realização de uma segunda reunião no MP, agendada para terça-feira, 29 de outubro, a partir de 9h”.
Segundo o agente Maurício Sarmento, o plano não pode ser colocado em prática sem que sejam garantidas melhorias aos servidores. “Ele versa sobre suspensão de férias, trabalho aos sábados, entrada em residências sem a permissão do proprietário ou morador, além da despreocupação com a integridade física dos trabalhadores em áreas de risco”, disse em nota enviada ao TNH1 o representante do Movimento Unificado do Simacem (Sindicato Municipal dos Agentes de Combate às Endemias de Maceió) e Sindas (Sindicato dos Agentes de Saúde de Alagoas).
Em nota publicada na tarde desta terça-feira, o município ainda diz que alguns dos pleitos dos agentes já foram atendidos, como o fornecimento de vale transporte.
“O pagamento dos salários não sofreu nenhum tipo de atraso durante este período”, garante a prefeitura.
Agentes reclamam de condições de trabalho
“Não somos máquinas. Somos homes! Não podemos e nem devemos aceitar a imposição de um trabalho sem nenhuma condição de ser realizado. Não temos fardamentos, não temos identificação, não temos locais dignos de trabalho, não recebemos salário satisfatório e, matematicamente, não temos como realizar dois ciclos em dois meses, porque um único ciclo deve ser realizado no mínimo em três meses. Como explicar esta matemática?”, denunciam os agentes.
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