sexta-feira, 11 de outubro de 2013

TEMOS QUE REFLETIR NAS NORMAS DE ATENDIMENTO...LAMENTÁVEL!

População denuncia que Samu negligenciou atendimento a moradora de rua


Roseane foi socorrida por mulher que passava perto (Crédito: TNH1)
Roseane foi socorrida por mulher que passava perto (Crédito: TNH1)
Populares ficaram indignados na tarde desta sexta-feira (11) com o que eles classificam como "negligência médica" por parte de uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Uma senhora, identificada apenas como Roseane, passava mal, por trás de uma banca de revistas na Rua Jangadeiros Alagoano, no bairro da Pajuçara, quando algumas pessoas que viram a cena pediram socorro.
Mas, segundo informações da bancária Pauliane Alcântara ao TNH1, o Samu chegou a ir até o local, mas constatou que a senhora, moradora de rua, respirava e se retirou, deixando-a no mesmo local. No começo da noite, uma equipe do Corpo de Bombeiros socrreu a moradora de rua e a levou para um hospital. Pauline, inclusive, fez um vídeo da moradora no chão e a equipe médica do Samu deixando o local.
“Foi um absurdo o que aconteceu. O pessoal conta que há dez dias a senhora está aqui, passando mal, e ninguém faz nada. Ontem, chamaram uma equipe do Samu, e eles vieram, mas disseram que a mulher estava com sinais vitais e não podiam atendê-la. Hoje, ligamos novamente porque ela estava muito mal e a médica que me atendeu disse que não viria, que não é caso para o Samu. Pedi o número do Conselho Regional de Medicina (CRM) dela e ela disse que não ia me passar e desligou o telefone na minha cara”, denunciou Pauliane.
Segundo a bancária, depois da insistência, uma outra equipe do Samu chegou a ir ao local nesta sexta-feira (11), sem a médica, apenas com técnicos de enfermagem. “Eles chegaram, verificaram a pressão da senhora, disseram que estava bem e foram embora em menos de cinco minutos”, conta Pauliane.
Veja o vídeo:
Não houve negligência
Procurada pela reportagem, a assessoria de comunicação do Samu afirmou que a morada de rua estava em uma crise epilética, mas, quando a equipe chegou, nas duas vezes, a crise tinha acabado e a mulher identificaa apenas como Rossane estava bem.
“A competência do Samu é atender casos de urgência, quando há fraturas expostas, por exemplo, sem risco de morte, ou então em emergências, quando há o risco de morte. Nesse caso, porém, o procedimento não era levar para hospital, a não ser que a senhora tivesse batido com a cabeça e fraturado, durante a crise. Mas a equipe não constatou nenhum trauma. Se ela está lá há mais de 10 dias dessa maneira, o caso é considerado clínico, e não cabe ao Samu socorrer, mas sim às ambulâncias cidadãs da prefeitura”, explicou a assessoria.
Ainda de acordo com a assessoria de comunicação do Samu, pelo que se foi apurado internamente, não houve negligência médica no atendimento, como afirmam as testemunhas.
“O caso poderá ser avaliado pela diretoria, mas até agora não está prevista a abertura de nenhum procedimento administrativo contra a equipe que socorreu a mulher”, afirmou a assessoria do órgão.

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